12 de novembro de 2012

Entrevista “Trabalhadores têm de chegar a acordo”

O presidente do IPTM prevê mais impactos negativos com as greves nos portos nas próximas semanas.
E defende que os sindicatos têm de chegar a acordo com os empregadores.
Como explica a evolução das movimentações de cargas nos portos portugueses em Outubro?
O principal factor a retirar é que os dois principais portos nacionais, não afectados pelas greves, foram ainda mais importantes. E Lisboa está a perder o peso relativo e estratégico.
Com uma quebra de apenas 0,79% em Outubro, parece que não houve transferência de cargas para os portos espanhóis...
Não houve transferência de cargas para portos espanhóis, mas de Lisboa e Setúbal para Sines e Leixões.
Qual será a solução para acabar com estas greves?
Os trabalhadores não têm outra solução senão sentar-se com os empregadores directos, com os operadores portuários, e chegar a um acordo, até porque os operadores portuários já garantiram ao sindicato de estivadores que irão manter todos os actuais postos de trabalho.
A semana que agora começa vai ser mais gravosa, com dias de greves de 24 horas...
É claro que vai ser mais gravoso. As empresas exportadoras ainda têm alternativas, outros portos, mas as empresas que vivem na actividade, directamente em cada um dos portos em que há greves, vão passar uma situação difícil que poderá colocar em causa várias dezenas de postos de trabalho. Os motivos destas greves não são certamente profissionais ou operacionais.

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